COMO DAR UMA BOA AULA

Veja como dar uma boa aula através destes insights educacionais

 

O CONTEXTO ESCOLAR

Portanto, se você perguntar aos alunos o que eles mais gostam na escola, pode ficar muito surpreso.

Pessoalmente, faço este “teste” regularmente.

Além disso, cada fase tem seus próprios interesses: amizades, brincadeiras, atividades recreativas, lanche, etc.

Mas, como você pode ver, conquistar os alunos com uma boa aula é um desafio cada vez maior, ou talvez, diferente.

O que os professores e pais tem por expectativa, ou seja, que os alunos gostem de estudar, nem sempre é o que se vê.

Por fim, parece interessante trazer alguns insights educacionais que não são novos, mas ainda tem muito espaço para implementação no contexto escolar, especialmente, na sala de aula.

 

INSIGHT DE COMO DAR UMA BOA AULA – TECNOLOGIA

Sim, a tecnologia avança a cada dia e facilita processos e acesso ao conhecimento.

E, não tem como parar ou fugir!

Apesar do perfil de professor como “detentor do conhecimento” ser persistente, ele continua com os dias contados.

E, existe um motivo lógico para isso!

Não tem como uma única pessoa ser o “receptáculo” de toda a informação que é produzida hoje e está acessível para todos, inclusive os alunos.

Deste modo, os alunos sempre poderão surpreender o professor com informações que ele desconhece.

E isso, não deve assustar os professores.

Não há como acompanhar tudo, o caminho hoje está baseado pelo denominado “networking” compartilhamento, crescimento mútuo.

Além disso, não há como fugir da necessidade de uma “metamorfose” (transformação) de perfil e prática educativa que integre de forma eficiente a tecnologia.

E, quando falamos de prática, isso evoca a necessidade do professor reconhecer o perfil atual de seu aluno, seu ritmo e dinâmica comunicacional.

O professor precisa ganhar “expertise” não apenas em conhecimentos, mas também em facilitação/mediação e construção conjunta de saberes.

E, neste sentido, a tecnologia torna-se um aliado, tendo em vista permitir a construção e compartilhamento.

Para dar uma boa aula, o professor precisa usar a tecnologia a seu favor.

Integrar a tecnologia como deve ser, como uma ferramenta para construção do saber.

 

INSIGHT SOBRE EDUCAÇÃO QUE FAZ SENTIDO PARA VIDA

Portanto, não basta saber integrar a tecnologia e colocar conteúdos que não fazem sentido para a experiência de vida.

Sim! Existe constantemente o perigo de se cair em um pragmatismo ou mesmo forjar uma educação ideológica engessada.

E, para superar estes desafios é necessário que os professores tenham uma consciência apurada.

Para além disso, o saber que nos interessa é o saber que responde aos nossos anseios e dilemas da vida.

Deste modo, é admirável a experiência criada em sala de aula que faz com que os alunos queiram buscar o conhecimento.

Em que os alunos sentem a necessidade de explorar as respostas que precisam.

Diferente de ter conteúdos que os alunos não sabem para que servem, ou que, mesmo sendo indicados para que servem – refletem um “servir” distante de sua realidade e experiência/visão de vida.

Todos nós sabemos que procuramos a informação que “nos interessa”, que de algum modo faz sentido, tem importância para nós já hoje.

Isso, que não estamos nem sequer falando dos conteúdos que são transmitidos e os alunos não entendem.

E, se eles não entendem, como poderá vir a ser relevante, fazer sentido?

Também, precisamos lembrar da oportunidade que a educação socioemocional traz para este momento – um diferencial para novas experiências.

Esta realidade precisa ser superada se você quer dar uma boa aula.

 

INSIGHT DE COMO DAR UMA BOA AULA – LIBERDADE E INTERESSE

As atuais diretrizes para (re)construção curricular oferecidas pela BNCC são amplas, abertas.

Conscientes de que o fluxo e abrangência da informação são abrangentes, de que as futuras profissões ainda são incertas – o que esperar desta reconstrução curricular?

Em nossa perspectiva de oferecer uma boa aula, recai-se novamente na necessidade de que a proposta curricular não engesse, não caia na ditadura curricular – seria um contrassenso com o hoje.

Tendo em vista que há a exigência de um perfil diferenciado para ensinar/educar por parte do professor, terá que haver oportunidade de um perfil diferenciado para o currículo e para o aluno.

Deste modo, insere-se a necessidade da liberdade que relaciona com o interesse.

E, se não há liberdade para escolher o que aprender e como aprender, então destitui-se o interesse.

Não se nega a necessidade de conhecimentos específicos, mas como a própria BNCC está orientando, há a oportunidade/necessidade para a liberdade:

a) Liberdade que precisa estar no âmbito geral da escola.

b) Liberdade que deve estar na flexibilidade do professor.

c) Liberdade que motiva o aluno a ocupar seu espaço no time de atores educacionais – ao menos, participante ativo – motivado para esta ali.

Uma boa aula precisa de liberdade para despertamento do interesse.

E, se não houver iniciativa consciente neste sentido – mantém-se apenas a “tradição caduca” do ensinar.

 

Por fim, precisamos dizer que estes insights são limitados. 

Mas, revelam o interesse de construir junto as respostas que precisamos para uma educação significativa.

 

Um grande abraço e muito sucesso em suas aulas e práticas educacionais.

 

Ederson Menezes

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